Um 2015 de possibilidades.

O ano novo já começou e para mim ele vem cheio de possibilidades: é tanta coisa que pode acontecer que nem sei por onde começar. Vejo como um mundo que vai se abrir. Um mundo desconhecido, cheio de mistério e novas experiências. Esse ano para mim é o ano de (auto)aprendizado e (auto)conhecimento.

Esperar a resposta do visto é aprender a aceitar o tempo das coisas, sem reclamar, sem criticar e principalmente  aprender o que fazer com esse tempo, pois me sinto num limbo de tempo/espaço sem poder trabalhar nem sair do país, mas ao mesmo tempo, nada garante que quando meu visto sair eu vou trabalhar e viajar. Nesse período, tempo é o que me sobra e coisas para fazer é que me faltam. Nesse quesito confesso que falta criatividade e confesso que nunca fui desbravadora solitária… (não fico sem fazer nada, às vezes fico, mas faço algumas coisas… mas isso é pra outro post)

Porém 2015 é um leque aberto de novos lugares. Lugares que quando morava no Brasil ou eram muito longe ou muito caro para ir, ou muito caro e muito longe, mas daqui da Escandinávia o mundo parece que fica menor e mais barato com tanta oferta de companhia aérea. Então pensar em férias com o mundo como opção é quase uma dificuldade imensa se não fosse um prazer maravilhoso. Tantos lugares exóticos outrora tão distante do Brasil estão agora à 5 horas, no máximo, de distância. Como eu gosto de dizer, a Noruega tem as suas vantagens.

E aí vem a minha teoria sobre para onde viajar. Antes, vale lembrar que o único lugar da Europa que já visitei foi a Espanha, e aqui na Escandinávia, já fui pra Dinamarca. Então não, nunca vi a Torre Eiffel, nem a Torre de Pisa ou o Coliseu. Nunca fui a Berlin, ou Praga, nem Lisboa, muito menos cheguei perto de Londres, mentira porque já fiz uma escala de 4 horas no aeroporto de Heathrow, mas deu pra entender, né?

Voltando pra minha teoria, por mais que seja tentador fazer um picnic nos jardins do Palácio de Versalhes ou um passeio pelas vinícolas da Toscana, acho que esses lugares são lugares mais fáceis. São lugares que posso fazer sem gastar muita energia, que posso fazer com crianças, ou, se elas não vierem, simplesmente quando eu for mais velha. A partir desse pensamento, pulam pra frente da lista lugares como Sudeste Asiático, Rússia, China, Índia…. Ainda estou convencendo o Bjørn sobre a Índia, mas já temos bastante opções.

É claro que esse teoria é da minha cabeça, que é doida de acordo com meu marido, mas ainda assim acho válida, porque a tendência é a gente ficar mais cansando com menos coisas e mais rápido. E fora que esses lugares vão ser sempre populares, vão ser estar abarrotado de turistas, e penso que os outros ainda estão se popularizando eles devem ser menos cheios. Ou talvez eu só esteja arrumado uma desculpa para esses lugares antes.

Mas resumindo, 2015 então é um mundão para eu escolher e visitar. E mesmo que meu visto não saia, ainda posso viajar pela Noruega e cortar da minha bucket list o sol da meia noite em Lofoten, a aurora boreal em Trømso e um passeio pela neve com Husky em Geilo. Tá bom pra 2015 né?

E pra onde você quer ir em 2015?

 

7 comentários sobre “Um 2015 de possibilidades.

  1. Boulinha disse:

    aurora boreal, aurora boreal ❤
    o marido pode me achar doida também mas a sua teoria faz 100% de sentido pra mim. 😉

    concordo com o bruno: vá e depois faz a gente viajar junto com você.

    beijo grande.

  2. No momento em que refletia sobre como 2015 está começando “diferente”, em termos de escassez de desafios e, consequentemente, fraqueza de estímulos, vejo esta maravilhosa postagem da prima mais linda – que as outras entendam – me mostrando mais uma vez como lidar com determinação e resignação perante tudo o que a vida nos traz! De fato, o enredo, o desabafo e sobretudo as conjecturas teóricas – que são plenamente plausíveis – transparecem a força, coragem e sabedoria de uma pessoa brilhante!

    Obrigado por tudo, Gaby! Pelo exemplo de vida, pela solidariedade em compartilhar seus pensamentos, pela atenção em transmitir aos seus familiares, amigos e colegas parte das suas experiências na Escandinávia – confesso que ainda não entendo bem as definições geo-políticas deste termo – e, principalmente, por ser simplesmente quem você é. Que 2015 seja realmente maravilhoso para a família Passos-Hovland, repleto de boas surpresas e grandes aprendizados!

    Por fim, aproveitando para responder sua pergunta, o que eu mais quero em 2015 é executar com êxito minhas pesquisas da tese. Pra isso, pretendo explorar profundamente os afloramentos rochosos – obviamente os lagartos deles – de toda a Caatinga, do Norte do Ceará ao Sul da Bahia! O trabalho promete ser árduo, as dificuldades certamente serão muitas, mas ao final espero poder dizer que valeu a pena todo o esforço.

    Beijo e um forte abraço do primo sertanejo que tanto lhe admira.

    • Que isso primo!! Até escorreu uma lágrima aqui com tantos elogios! Saiba que penso a mesma coisa, que os outros primos me entendam, e essa nossa aproximação foi providencial. Você sabe que eu penso o mesmo sobre você né? E que você é mais foda ainda porque chegou aonde você chegou com 10 anos a menos que eu, e ainda diz que tá velho. Tô vendo o dia que você vai “zerar” a Caatinga desse Brasil e vai ter que rodar o mundo atrás das outras Caatingas..Vamos acordar o seguinte? Eu acredito em tudo o que disse sobre mim, mas se se você acreditar em tudo que eu disse sobre você? E, esclarecendo, Escandinávia é a região norte-européia que abrange Dinamarca, Suécia e a Noruega. 🙂

  3. anatrendytwins disse:

    Ah… olha, palavra de quem foi à Florença sozinha: a Toscana é uma viagem pra se fazer em boa companhia, mas sem crianças! rs É pra curtir romance, comer bem, beber muito vinho, e lá sim dá pra “flanar a dois”, viu. 😉

Deixe um comentário